quinta-feira, 7 de maio de 2009

Você corta um verso, eu escrevo outro.....

È incrível como ainda hoje nos deparamos com mentes atrasadas, que abrem a boca apenas para falar asneiras sem ter o devido conhecimento do fato. Digo isso porque presenciei um fato deprimente, daqueles que nem temos força de revidar tamanha a ignorância do ocorrido. E o pior é que foi cometido por um cidadão que se diz conhecedor da nossa historia, que é um formador de opinião e que estava no exercício da sua profissão, estava em uma sala de aula cheia de alunos. Mas do que falo mesmo? Falo do infeliz comentário de um Sr. professor, que em meio a um debate em sala sobre um dos períodos mais sangrentos e violentos da historia brasileira que foi a ditadura militar, mais precisamente sobre A GUERRILHA DO ARAGUAIA, disse que esta não passou de um movimento GROTESCO, que não TINHA NADA DE HEROICO e que não acrescentou em NADA na nossa historia. Ora camaradas é claro que o “professor” não conhece bulhufas do que diz, é um ignorante no assunto, mas deveria então pensar antes de falar!
Caro professor, se o senhor não sabe, o movimento guerrilheiro no Sul do Pará teve dimensões e proporções enormes, pois representou a mais alta resistência a ditadura militar, resistência que durou ativamente longo três anos. A guerrilha foi à grande forma de organização política e armada no Brasil, foi efetiva no sentido de enfraquecer o regime militar, como também fundamentalmente foi a grande sementeira da organização camponesa na luta pela terra e contra o latifúndio, luta esta que vem sendo travada por gerações e que teve e tem em lideres como Expedito Ribeiro de Souza, João Canuto, João Batista e Paulo Fonteles entre outros grandes exemplos.
Organizado pelo Partido Comunista do Brasil, a guerrilha representou a luta do seu povo pela libertação, contou com o amplo apoio da massa dos camponeses, fato este desvendado por Paulo Fonteles na caravana de familiares que liderou e relatado em suas denuncias no jornal Tribuna Operaria entre os anos de 1980 e 1981.
Mas, como tudo tem um lado positivo, o ocorrido trouxe a tona uma discussão que não deve nunca silenciar, que é a necessidade do avanço do processo histórico brasileiro, portanto sem fazer juízo de valores, temos de conhecer a nossa historia, porque ela não está somente nos livros e nos registros oficiais, ela está para ser redescoberta, recontada e reconstruída, é este o grande objetivo de nossa geração.
No mais só temos de agradecer e reverenciar aqueles que em tempos difíceis e em meios as torturas e repressão lutaram para tornar nossa vida um pouco mais fácil e democrática. Como disse Max na primeira frase do Manifesto; Um espectro ronda o espectro do comunismo.
Então parabéns e muita luta para o Partido Comunista do Brasil!

Pedro Fonteles
miltante da UJS e do PCdoB

Presidente do C.A de História da FIBRA

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